Derluh Dantas
Sozinho em casa e o
desabafo triste da Adele.
O som deve estar
incomodando os vizinhos, mas dentro de casa o corpo se entrega a uma
sensualidade íntima.
Roupas justas e às
próprias mãos a acariciar o corpo por baixo da camisa... Barriga, pernas, virilha,
rosto.
A música começa com
um lamento, um desejo de partida... E no coração há uma faixa simples, o que é
desnecessário, aquilo que machuca, recicla-se, muda-se de foco, joga-se pela
janela d’alma.
Os pés descalços
tocam o chão frio e ainda sujo pela noite de sábado.
Na garganta, um grito
contido, um grito que se expressa por meio de suspiro profundo.
Vontade de entrega,
de ser possuído, de ser levado ao nirvana de êxtase,
Retóricas e
sussurros...
Devaneios de um
domingo triste e sozinho no quarto escuro!
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