Poetizando'

Derlour Dantas

Às vezes o dito. Ouvido. O sentido distorcido do que fora querido. Nada além de bem ou maldito. Apenas dito. Ouvido. Sentido distorcido do querer amar. Continuar, ainda que a discórdia alcance... Ou o silêncio se vingue... O que dizer das palavras do andarilho. Vem distinto abrigo. Palavras e sentido. Dito e ouvido... Despendido. Sentido. Arrependido, não seria ofendido ou dito, apenas ocorrido. Humano, querido?! Dito, ouvido e sentido. . .

113 palavas?

Derlour Dantas

Como calar minha voz? Sei que preciso me valer do silêncio, mas o som não quer ser reduzido apenas a pensamento. Não se contenta em ser exposto apenas às andorinhas. Há um ser dentro de mim que sangra com pequenas incoerências que me atrapalham a vida. Um ser único e fundamental que me levanta todas as vezes que meu corpo se entrega. Porém, esse ser, minha alma, está ficando cansada. Ela quer fugir para longe, para um paraíso sem homens ou Deus. Ela quer voltar a ser uno com universo. Não estou aqui falando de morte, que fique claro, tampouco ou drama, só estou tentando reivindicar sensivelmente o meu direito de ser vida!

Do filho - parte II

Derlour Dantas

Eu entendo que possa parecer difícil para você. Mas nunca deixei de ser seu filho e tampouco há novidade em sua descoberta. Se fosse antes a vontade de morrer seria maior, como das outras vezes. Porém, já tem gente de mais querendo acabar comigo e eu não quero ser mais um. Você diz que é para me proteger, para não me expor. Mas expõe com orgulho os amores de suas sobrinhas e amigos. Proteger? Eu não preciso de proteção a ignorância alheia, eu quero, preciso de respeito. Preciso de dignidade para me ver como sou. E não posso ter essa dignidade sendo apenas um mero reflexo do que esperam de mim. Perdão, mas eu sou o filho que seu Deus lhe dedicou!

Do filho - parte I

Derlour Dantas

Pensei que pudesse voar um pouco mais alto. Pensei que pudesse voar. Mas há um peso de tanta hipocrisia que ouvi e engoli a seco. Minha garganta arde e sangra por palavras que nunca quis dizer. Eu tenho vontade de gritar só para você me entender. Eu não sou uma extensão de você. Nunca tive heróis ou ídolos, mas estava aprendendo a lhe com admiração e respeito. Mas suas palavras foram duras de mais e você me colocou como o culpado de todas elas. Não posso ficar no armário pelos seus amigos, sua família, seu ideal de mim. Eu quero ser mais que isso, ou apenas quero poder ser eu. Não me peça para voltar a um lugar que nunca tive. Você é meu pai!


Tem razão, não sei como os pais se sentem quando os filhos não são o que eles desejam, mas imagino muito bem o quão difícil é um filho não ser o que os pais esperam...

Eu sou filho!

Was to let you know my love'

When the rain
Is blowing in your face
And the whole world
Is on your case
I could offer you
A warm embrace
To make you feel my love
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Derlour Dantas
Já é madruga e o celular não toca. Você não me atende. Gostaria de te contar que meu pai descobriu sobre nós, apesar de ele já saber. Apenas reclamou de uma foto nossa. Tive vontade de falar tantas verdades, mas preferi agir naturalmente. Hoje, a casa ficou cheia, meus pais brigaram para decidir se iam ao aniversário de meu tio na capital, não se decidiram ainda. Uma diva que admirava veio a óbito e queria te falar também sobre isso. Senti saudades de ouvir sua voz, saber sobre seu dia. O canto de Adele me faz companhia e me confortar, mas prefiro mesmo seus braços me envolvendo. Tenho saudades de suas carícias. Da última vez que nos falamos você estava na laje assistindo vídeos com seu primo e agora o que será que está fazendo. Já é madrugada e o celular não toca. Você não atende. Onde estará você agora?
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When the evening shadows
And the stars appear
And there is no one there
To dry your tears
I could hold you
For a million years
To make you feel my love

Trechos da Música Make You Feel My Love de Adele

Em meio à Lyriel'

"Moving home where silence's waiting in each shaded corner
Laughing at my face when I need shelter from the world but
That is life, from time to time it's falling to pieces
So I open up my heart and let the music grow cause"
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Derlour Dantas
Um campo de centeio, sem espantalhos ou camponeses. Apenas o campo de centeio e o céu azul, uma criança corria por entre as ervas. Uma árvore frondosa fingia suas folhas em galhos secos, aparentemente sem vida. Um álbum de fotografias antigas e fotos recentes, sorrisos infantis no colo de mãe, de pai, de tia e os abraços recentes do ser amado. Os cabelos cheios, fios grossos e um cheiro ainda forte de xampu. Nariz com resquícios de espirros estelares, quando era ainda um menino e agora. Lágrimas cristalizadas e alguns sorrisos. Corrida em mares de centeios, castanhos amarelados ou verdes acinzentados. Mares. Corridas sem freios, sem chegadas, sem partidas. Apenas uma vontade de cometer suicídio em vida. Deixar a casca vazia até uma boa hora para acordar, ainda que esse momento seja o nunca. Mas nem o sono se aproxima, apenas coragem e covardia. Vontade do menino leonino de virgem, do colo e afago de mãinha, vontade de voar e da morte deixar quem eu amo em paz, se for preciso apenas me levar. Saudades do mar... do ouvir amar. Centeios... Balanços... Ar!
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"It is the old soul inside the melody and
We are all addicted to
It's a mirror-writing-world
It's melting mind and deed in harmony
Healing just as ruin
But it's worth the fall, it is our last escape"

Trechos da Música Welcome da banda Lyriel

Em 112'

Derlour Dantas

Cai da cama quando abri os olhos. Rolei para os cantos, pude ver meus sonhos. Não era realidade, nem maldade. Feijões azuis e borboletas brancas, nada além nas mãos. O nariz parecia não respirar, espirrava conchinhas do mar. Quando abri os olhos percebi que estava acordado. Não havia nenhum tipo de limitação. As retas eram sinuosas linhas vermelhas, coloridas quando se transformavam em grandes e gentis dragões. Foi uma viagem maravilhosa, sem Parnassus ou Alice. Era apenas eu, sem reis ou copas. As maçãs eram brilhantes como grandes pedras de sal, nada mal. As tentações não faziam parte da abstração, nem mesmo a liberdade. Era tudo realidade. Os sonhos não são mais!

Une lettre à 6 heures


Derluh Dantas
Somos tão ousados e confiantes para algumas coisas, diria que até demasiado orgulhosos. Acreditamos saber tantas coisas, que parece que nada poderá mais nos surpreender. Chegamos a acreditar no íntimo que aprendemos e conhecemos todas as regras do jogo. Falamos até de maturidade e um equilíbrio híbrido que parece brotar das horas, dias, meses que se passam. Manipulamos alimentos, as palavras e por vezes acreditamos manipular o tempo, a água, o vento... Nem o acaso nos escapa a ciência, as premonições e os sonhos que nos vêem dormindo. Achamo-nos adultos e experientes, mas no fundo de nada nos vale quando o amor verdadeiro nos toma de assalto. Perdemos o chão completamente, nesse momento parece que todos os sentimentos que tínhamos em gotas se tornam enfim uma enxurrada. Os ciúmes vêem como aquela parte intensa de vontade que antes achávamos para os fracos. A insegurança se torna uma constante, o medo de voltar ao cinza impossível e insuportável depois da explosão de cores que é o amor. Quando o amor se tornar recíproco começamos a duvidar se somos tão bons para merecê-lo. Será que estou tendo um sonho, logo mais vou abrir os olhos e a cama estará apenas com meu cheiro, nada além? É um medo quase que constante. A voz do ser amado se tornar a mais bela canção, fazendo todas as melodias pequenas e cansativas. Se fosse possível ir aos céus e ficar apenas a iluminar os passos do ser amado, de certo eu toparia. Tem sido por meio desse nosso amor que começo a ter conhecimento sobre o sentido para a minha ínfima vida... Fica!
Puis un clown neurasthénique
A pleuré sur mon épaule
"J'ai beau faire mes gags scéniques
Quand je tombe je suis pas drôle !"*
Je viens de dire dans la lettre:

Et j'
en suis tombé amoureux
Amoureux

* ♪ Trechos da Música Le Lacrymal Circus de Renan Luce

Poucas Cinzas em madrugada!

Derlour Dantas

É madrugada. A casa inteira dorme e pela janela a rua está sem passos, suspeitos ou testemunhas. O sono não se encontra, mas vem uma ânsia de vômito insuportável. A dor de cabeça está pulsando como uma batida frenética na bateria. O vento lá fora uiva, parece querer dizer algo que não consigo entender. A madrugada é uma treva ainda mais intensa que toda e qualquer noite. As nuvens não têm mais cor, nem há estrelas. Os cães não ladram mais, daqui a pouco os galos anunciarão o amanhecer do dia e eu não consigo dormir. Uma pergunta não cala em minha alma, para que essa existência se tudo o que costumo fazer é estragar o belo e dramatizar o feito? Será que o vento conseguiria justificar o beijo da morte não me tocar essa madrugada? Adoraria por um minuto fechar os olhos e não mais existir... Ser completamente deletado de toda e qualquer história, ser apenas o uivo irracional e sem sentimentos do vento lá fora. Gostaria por um segundo explodir em cinzas sem lembranças ou sentimentos idos e deixados. Ser apenas poucas cinzas!

J.ar D.im!


Derlour Dantas
Descobri um jardim que me faz ter vida. Esse jardim muitas vezes me mostrou a beleza das flores, das cores e de borboletas que nunca havia percebido em mim. É um jardim que no começo achei ser passageiro, mas sempre tive uma estranha atração e desejo que seja eterno. Foi no olhar desse jardim que pude me perceber inteiro, desnudo, humano, ser vivo. Tenho medo dos corvos que vez ou outra me prova que não sei voar para acompanhar completamente esse Jardim. E sem saber afastar os corvos eu acabo por chegar perto de estragar a minha ligação com o jardim. O Jardim sabe silenciar o que não sei... Em nossos momentos mais íntimos, vez ou outra meu passado surge como uma ventania ao jardim, passado que já me é esquecido, já deixou de ser eu; e vez ou outra o presente do jardim me causa medo. Já disse aqui o quão sou desafinado em voz e vida, meu Jardim (chamarei de meu) adora falar de vozes e músicas. Ao mesmo tempo em que me delicio com a empolgação em sua voz, eu tenho medo dessa empolgação apenas me afastar. Com meu jardim tenho me tornado ainda mais felicidade e contradição. Por mais uma vez, pelos ciúmes de ver corvos em meu jardim, eu fiquei sentenciado à noite solitária e sem o canto mais belo que já ouvi. Canto esse que vem em voz rouca dizer do apreço que o jardim tem por mim!
- Amo ouvir meu jardim dizer de seus planos, de seus sonhos, de seu desejo em ser música, de seus momentos de vitórias e encontros... Tudo no jardim me faz sentir vida. O que me estraga são meus defeitos, meu desejo torto de ser único, ser intenso, ser completo junto ao meu jardim. Se as histórias não batem a dor de cabeça aumenta e meu jardim fica em sua beleza suprema a me desconcertar o juízo. Jardim, eu clamo a ti para nunca me deixarás novamente... Meus vinte e poucos anos foram de mais para viver sem ti, agora quero meu jardim a cada milésimo de segundo até o meu completo fim!

Não consigo entender!

Derlour Dantas

Caso eu não tivesse nascido muitas pessoas teriam sido beneficiadas. Tenho certo dom para estragar a harmonia, o bom humor. Posso admitir entre lágrimas que não aprendi a rir. Meu riso é algo meio tímido e interno de mais para gargalhar, confesso que já tentei. Caso não tivesse nascido meus pais teriam curtido mais o casamento, sete anos a mais para amar, até o nascimento de minha irmã. Se não tivesse nascido, meu avô não teria que brigar no dia de seu aniversário pela antena da TV quebrada, nunca fui muito traquina, mas levei um amigo que era. Outra pessoa teria passado naquele Vestibular e hoje estaria dando orgulho à vários conhecidos. Teria evitado a brigar naquele ônibus; minha professora não precisaria ter se estressado em seu dia de aula; minha amiga poderia ter tido um bom ombro amigo para chorar, não alguém problematizando a situação... Eu não teria pegado Amim para criar e ele poderia estar vivo até hoje ao lado da mamãe dele. Tantos motivos para não ter nascido, que fico me perguntando onde Deus estaria que deixou essa falha acontecer? Infalível, sei! ¬¬.

Eu sou um mosquito!

Derlour Costa

Sou um inseto. Um pequenino ser que só pode ser ouvido à noite. Enquanto todos dormem seus dias felizes, sonhando com os planos que raramente acontecem, eu simplesmente vôo. Não tenho pouso certo, nem um lugar que possa chamar de meu. Mas sempre que posso retorno à colméia do inseto-mãe, onde me sinto seguro e protegido. Vejo as garrafas de refrigerante como um inferno atraente em que me perco e por vezes quase perco a vida. Vejo nos lábios em sorriso uma inebriante luz que me fascina e me leva perto da morte. Assim me faço uma contradição. Não posso afastar a realidade do que ela necessita, mas o que ela necessita por vezes me fere e me afasta. Mas isso não importa quase nada. Apenas sou um inseto. Assim me faço de vida!

do Casulo'


Derlour Costa

Alguma borboleta é feliz no casulo? Ou sempre é mais belo o momento do vôo, de abrir as asas, sentir o vento contra o corpo frágil e as belas asas multicoloridas. Alguém me explica essa vontade de me afunda no casulo, de voltar a larva, voltar a não passar de ser um plano. O mundo tem se tornado cruel aos meus anseios, à minha vontade de casulo, de casca, de útero. Vejo crianças felizes jogando futebol, assistindo o jogo, correndo pelas estradas de terra. Vejo a beleza de passarinhos tentando se equilibrarem em fios de alta tensão, tão frágeis e belos. É bom sentir o frio atravessar a espessura da pele, da parede, do vidro. O chuveiro quente que por segundos faz a mente se desligar na concretude do chão, das paredes... Quero voltar a ser casca, casulo vazio. É bom ouvir o sorriso, ver a alegria vivida junto aos amigos, é importante. Mas não consigo ouvir a música leve quando está comigo. Eu sou pesado, denso, cansativo, também para mim. Agora eu gostaria de me afundar nessa água fervente, me transformar nesse pó solúvel, virar fumaça e sumir da lembrança de todos que um dia conheci. Quero nunca ter sido borboleta, mas não me importaria de ser apenas um espectador da explosão que é a vida.

Bobagem que senti!


Derlour Dantas

Você acredita em premonição? Eu gostaria de não acreditar e não conhecê-las. Todos podem dizer que são meras coincidências, mas elas são muito recorrentes e intensas. Eu sinto meu corpo tremer, meus olhos lacrimejam já há alguns dias. Quando sou racional me sinto um imbecil manipulador, porém, quando tento dissipar os fantasmas vem as notícias pelos sons no ar e não sei como agir. Reconheço que preciso ser tranqüilo, tento palavras fáceis e deixar tudo livre. Contudo, meu ser se torna um caos, meus olhos se tornam tempestades vermelhas, minhas mãos nada conseguem segurar, preciso de assento, a voz não sai, eu tento, vem o silêncio. Agora, como há tempos não percebia, preciso voltar ao mar...

Morpheu de terça'

Derlour Dantas

Pesadelos e realidade, qual a diferença? São tantas violências quando estou acordado, que os monstros que surgem enquanto durmo parecem bons amigos. Tenho tremores do frio que sinto fora e dentro do meu ser. Nada além de loucura, exclusivamente minha. Estou com saudades do pesadelo que tive essa noite, saudade porque a qualquer momento podia acordar e perceber que eram apenas pesadelos, nada mais. Eu confio na realidade e em minha intuição, ambas podem ser destoantes, mas quase nunca me enganam. Ou eu que finjo não me enganarem. Agora escrevendo essas palavras sei a diferença de ambas. Para o pesadelo basta abrir os olhos que eles se dissolvem em tolos e engraçados pensamentos, simplesmente vão embora. Enquanto a realidade, não. A realidade parece só ter fim com a dor e a febre que antecedem a morte fina a cobrir os olhos. Entre os pesadelos e a realidade eu prefiro os intervalos que posso sentir.

Agora temos a “teofobia” e “pastorofobia”...

Derlour Dantas

Estava assistindo TV, minha mente vagueava pelo lixo midiático que me presto a assistir... Achei um programa sobre as aves e os insetos que podem viver em nosso jardim, lembrei que não tenho um jardim e possivelmente nunca terei um jardim do tamanho e variedade que apresentavam. Mudando de canais vi um programa como uma visita à casa de um amigo, quando comecei a assistir percebi que as casas e caprichos estão muito mais distantes de minha realidade que os jardins. Zapeava pelos canais, até encontrar um programa em que um apresentador "dava voz a um pastor". Quase ri com a chamada, era como se o pastor não tivesse seus púlpitos e fieis para se declarar, "proclamar a Verdade". Resolvi testar minha paciência e ouvi uma ótima piada: agora os oprimidos estão "criando" uma forma de "violência e perseguição aniquiladora" contra a maioria. Então, esses momentos ficaram martelando minha'lma. Navegando pela net encontrei uma charge que compartilho aqui e que muito bem expressa minha opinião sobre essas novas fobias inventadas. Que para mim só querem tirar de foco a questão que eu julgo primordial: DIREITO À DIVERSIDADE também S-E-X-U-A-L!



Sem título!

Derlour Dantas

Sou acostumado ao silêncio, ou pelo menos acreditava que era. Não sou! O silêncio é bom, mas quando acompanha a ausência ou a solidão de quem se ama, é mais doloroso. É uma ferida que não deixa marcas visíveis. Uma falta de ar que o oxigênio não sacia. O que está quieto e interno vem à tona na materialidade do vômito. Um escárnio da alma que virou zombie, ser sem racionalidade. Estou sangrando pelos poros, expirando enxofre apodrecido. Sou o abjeto dos pensamentos que sinto.

Uma visita em quase 120'

Derlour Dantas

Se a tristeza fosse um ser, seria uma visitante indesejada que hoje se fez presente. Ela veio com suas vestes cinza e me envolveu num céu gris. Não houve cantos de pássaros que me alcançassem os ouvidos. Não há o que ser dito. Tudo se transformou numa neblina densa e inconstante, sem luz ou cor passando pelo seu domínio. Essa presença forte me secou as lágrimas e as palavras, eu não sinto nada além de um incomodo intenso de dor. Uma dor sem causa ou localidade, uma dor que acompanha o ritmo do sangue nas veias e provoca pequenos ruídos à alma. Tudo que tenho essa tarde é uma tristeza viva e a espera do meu ser amado.

Santa Pesquisa: