Derluh Dantas
Ao ouvir minha voz, sua mão sente fome, busca
pelo órgão que já lateja... Enquanto expresso filosofias, sua respiração fica
ofegante, ouço sussurros no lugar de sua voz. Seu corpo fica trepido do outro
lado da linha, sua voz fala de uma dor de saudade, de vontade... Estou longe e
pensando em seu sorriso, no doce sabor de sua voz. Será que já dorme? Será que
no plano astral podemos nos tocar como naquela noite de sexta? Desejos... Quero
sentir o gosto amargo de seu suor, o agridoce de seu pré-nirvana... Quero seus
cabelos a roçar em minha barriga, enquanto cada lambida faz meu corpo tremer de
prazer. A realidade me faz lembrar a ignorância que vivemos, dizem que nosso
amor é abjeto, é pecado... Mas, não importa mais. Seu corpo se entrelaça no
meu, os abraços são como tentativa vã e gostosa de simbiose, de fundir-se em
paixão e luxuria. Enquanto as gotas de chuva tocam ao chão, sinto o prazer
intenso de seu beijo e a expressão de seu mais sincero prazer... Ejaculação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário