Derluh Dantas
Sentada naquele banco da praça, seu vestido branco
e seus olhos manchados de rímel negro. Nos lábios o vermelho do batom já se faz
claro e desbotado, aparentemente ela esfregará seus lábios contra o dorso das
mãos, já que nas mãos existia uma mancha de vermelho vívido. Provavelmente, ela
chorará por alguns minutos naquela noite... Talvez, se revoltará pelo que virá
ou ouvirá ao anoitecer – o narrador não sabe. Só sabe que seu corpo estava
agora altivo naquele banco da praça, mesmo parecendo não esperar alguém, alguém
se aproximará dela. Era outra mulher, em vestido rubro e em salto fino e alto.
Aquela mulher se aproximará da outra, que mesmo em traços de derrota tinha nos
olhos o brilho real de quem conquistará muitas batalhas. As duas, mesmo
desconhecidas entre si, se entre olharam e nenhuma palavra precisou ser
dita para que compreendessem que daquele encontro havia nascido uma nova
oportunidade! [...]
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