Escrevendo pra não desesperar '

                                                                  De Derlour Dantas.

Olhando pro passado, sempre fui um bom aluno. Havia certos destaques em algumas áreas e bom em outras. Nunca repeti o ano e se fui pra recuperação/prova final foi uma ou duas vezes, sendo uma delas educação física, que eu me recusava a jogar futebol (educação física para meninos se resumia a isso na escola que eu estudava). Eu me envolvia em questões sociais e políticas. Na Universidade não foi diferente, nunca perdi qualquer matéria, fui membro eleito do Centro Acadêmico, me envolvia ainda mais e amava. Depois fiz especialização, mais dois anos e alguns estresses, sempre acima da média. Costumam elogiar minha inteligência e proatividade, criatividade, resolutividade...

Mas vamos ao sistema do mercado de trabalho... Tenho 34 anos, não tenho qualquer estabilidade financeira, não tenho autonomia e a dinâmica do contratar, concorrer, permanecer, sair, ficar - tem me adoecido de formas que eu me pergunto: Vale mesmo a pena!?

Eu amo minha trajetória e tenho muito orgulho das leituras, discussões, encontros, aprendizagens e tudo mais, só que quando olho a realidade e em volta, a inteligência que é valorizada ainda é o nome, a bajulação e qualquer outro talento que parece que eu não tenho.

Azar no amor, azar no jogo, azar no dinheiro... E onde fica a boa sorte pra mim, ainda não sei. - mas sou resiliente e criativo, vou ter (ainda que apenas rápidos segundos) de vida e de prazer. 🥰 - cortem minhas asas, que usarei meus pés, prenda meu corpo, que eu usarei a minha imaginação...

Santa Pesquisa: