"Não são tão poucas as arestas pra aparar"

Derlour Dantas
Duas coisas me dão medo, uma é a insegurança que tudo parece conseguir consumir e acabar e a outra é o fanatismo que a tudo consegue distorcer e cegar. A insegurança parece ser presente em toda forma de poder, ao que me parece quando não se consegue mais seduzir por discursos metricamente belos, parte-se para violência, ignorâncias ou arrogâncias. O mesmo se faz presente ao fanatismo. E porque tenho dito isso? Tive uma febre forte por esses dias, achei que a morte iria me segurar em seus braços quando meus olhos ficaram pesados demais para ficarem abertos e ardiam muito para ficarem fechados, respirar doía e o corpo a nenhuma ordem obedecia. Quando achei que a morte se fazia presente, a insegurança me tomou de súbito o juízo, meus gemidos passaram a ser expressão de toda uma forma maior de dor. O corpo perecia, mas meus pensamentos eram muito mais perturbadores. E o fanatismo foi ouvido em meio aos delírios que direi terem sido provocados pela febre... Quando achei que morrer seria o melhor alívio eu me lembrei de uma canção especial em minha vida. Dizem “Que o nosso amor nunca foi feito pra durar, mas Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo”, lembra? Assim veio a segurança que precisava para passar por aquela madrugada de febre e delírios, senti que não estava sozinho, mas ainda precisava de você aqui comigo, para dizer que tudo vai ficar bem...

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