Derlour Costa
Sou um inseto. Um pequenino ser que só pode ser ouvido à noite. Enquanto todos dormem seus dias felizes, sonhando com os planos que raramente acontecem, eu simplesmente vôo. Não tenho pouso certo, nem um lugar que possa chamar de meu. Mas sempre que posso retorno à colméia do inseto-mãe, onde me sinto seguro e protegido. Vejo as garrafas de refrigerante como um inferno atraente em que me perco e por vezes quase perco a vida. Vejo nos lábios em sorriso uma inebriante luz que me fascina e me leva perto da morte. Assim me faço uma contradição. Não posso afastar a realidade do que ela necessita, mas o que ela necessita por vezes me fere e me afasta. Mas isso não importa quase nada. Apenas sou um inseto. Assim me faço de vida!
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