Em 112'

Derlour Dantas

Cai da cama quando abri os olhos. Rolei para os cantos, pude ver meus sonhos. Não era realidade, nem maldade. Feijões azuis e borboletas brancas, nada além nas mãos. O nariz parecia não respirar, espirrava conchinhas do mar. Quando abri os olhos percebi que estava acordado. Não havia nenhum tipo de limitação. As retas eram sinuosas linhas vermelhas, coloridas quando se transformavam em grandes e gentis dragões. Foi uma viagem maravilhosa, sem Parnassus ou Alice. Era apenas eu, sem reis ou copas. As maçãs eram brilhantes como grandes pedras de sal, nada mal. As tentações não faziam parte da abstração, nem mesmo a liberdade. Era tudo realidade. Os sonhos não são mais!

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