Derluh Dantas
Ele usa lanças em palavras e em
silêncio. Ele tem um dom torto em machucar a quem o ama. Ela tem o nariz mais belo, os olhos mais
dissimulados e a alma um tanto avessa às demais mulheres que lhe alcançam. O
outro tem uma doçura que inebria, um canto que surda às demais cantigas e não
fala de amor, mas pede pra ficar. São tantos personagens estranhos, que seria
uma obra deveras complicada para compilar, divulgar, narrar, registrar. Amar. Melhor,
poderiam ser pequenas fábulas, cada um com seu próprio panteão de características
e cores, muitos tons. Porém... Todos se vão embora, oras ao nascer do sol, oras
ao seu se pôr. Não sei se fora meu perfume, ou se fora a expressão, o fato é a
solidão que sempre antecede e procede a essas presenças tão fugazes e
intensas... Nem vou falar das finitudes da vida. Há outro personagem, que em
sua gama de contradições, se torna o sujeito mais apaixonante que pudera
encontrar. De todos os citados, há os tantos outros que não conheço, espero que
entre os desconhecidos exista aquele amor que verdadeiramente eu possa amar.
Não desconsidero que seja amor os aqui citados, mas apenas não julgo ser o
momento certo para admitir... Talvez, o outro alguém que deveras chegar, possa
ser um desses personagens em outro momento e/ou lugar.
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