Derluh Dantas'
- Calma! Pode sentar, fica a
vontade. Conte-me o que te traz aqui e vamos às palavras que surgem... Palavras
de um tempo recente, mas que já provocam belas saudades e pensamentos.
Tarde de segunda, em uma lancha
ao mar. Voltando para casa. Em meio ao barulho do motor, de pessoas falando,
celulares tocando... Decido me ocultar dali. Nos fones de ouvido declarações de
belos sentimentos em forma de música que alguém arriscou/confessou. Depois de
algum tempo com a música e a apreciação das faces presentes, do mar, prefiro me
entregar à literatura. Um bom livro, metade da história, música, um sentimento
gostoso de estar sozinho naquela imensidão de mar. Entre um sorriso ou
pensamento que a leitura e a música provocavam, eu apreciava o mar.
- O mar! ...
Ao refletir os raios solares, o
mar parecia um cobertor de prata maleável, com ágatas verdes, turmalinas azuis,
jade, tudo entre o metal prata. Esse tapete mágico escondia um mundo imaginário,
uma fábula desejada, fábula que inspira o transporte para perto do mar límpido
e revolto do domingo, do mar que vai mudando de cor junto com as vestes do céu
e acaba se tornando em profundezas negras. O negro, alguns pontos de pedras preciosas
de múltiplas cores, pontos de luz espalhados por aquele breu infinito.
- Mas, voltando...
Há um prazer delicado em poder
mergulhar naquilo que não existe para além dos olhos. Eu fui visitar sementes
que nunca brotaram e viraram pequenas pedras que ora machucam, ora enfeitam
minh’alma. Pedras tão distintas, algumas são bem polidas, outras opacas, outras
tantas ásperas e de brilhos intensos, mas todas fundamentais para as lágrimas e
sorrisos que sou.
- Sendo assim, caro leitor... Não me delongue
o som, eu me encantei por um olhar distante, um olhar que direi que foi para
mim e que a boca não pronunciou ou admitiu. Eu senti a solidão intensa de não
se sentir parte de nada concreto, nada real, mas que de uma forma estranha eu senti
uma conexão cósmica com a vida particular e fabulosa que surgiu de uma conexão
imaginária de três segundos. Porém, como dizem os racionais: “não há nada
especial nisso”, complemento apenas, se você não sentir. E foi assim, um tempo
estressante, uma companhia amiga e duas descobertas fantásticas. O que mais posso
querer? Como disse a menina com nome de diva brasileira e sobrenome famoso: “Espero
ouvir mais histórias (e fazer parte de algumas)”.
Assim encerro
essas: Que venham os acontecimentos... Pequenos, bons, belos, passageiros, como
vierem!
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