Bifurcação íntima'


Derluh Dantas
Eu quero você, seja lá qual for sua cor. Espero que seus olhos sejam iluminados por uma alegria particular, principalmente quando me vir sorrir para você. Não sei nem seu nome, mas já te espero empolgado na janela do quarto. Fico eufórico em cada possibilidade de te encontrar. Seu sorriso já me faz um carinho particular, quando tudo parece triste. Eu o imagino acarinhando meus cabelos, quando a tristeza não permitir palavras. Ontem, eu quis tanto você aqui perto, para um abraço, apenas. Eu sei que de alguma maneira você existe, eu sinto isso. Não tem como ser apenas uma loucura leviana de um sonhador. Se for, você é o sonho mais real e belo que posso ter. Eu o imagino de cabelos rebeldes, de remela nos olhos, de sorriso tímido ao acordar e me ver admirando seu despertar. Eu quero você de bom ou mau humor, porque sinto que mesmo quando a raiva nos tomar de susto, nós não seremos nem um pingo distantes ou cruéis um com o outro. Teremos muitas brigas, bem verdade... Sobre o cardápio, sobre a pizzaria, sobre que filme nós assistiremos como tentativa de nos alegrar. Provavelmente, você terá uma camisa predileta que eu não vou gostar muito, já está desbotando e você insiste em usar sempre que temos uma ocasião “especial”... Quer dizer, todas as ocasiões nos serão especiais por algumas sutilezas que somente nós perceberemos e riremos delas muitas vezes, mesmo depois que passarem tempos. Nossas fotografias serão belas, haverá uma cumplicidade que ficará impregnada na imagem, um amor particular. Eu não sei onde você está agora, mas sei que de alguma forma o universo tem conspirado para nos encontrarmos na nossa íntima bifurcação do caminho.

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