Derluh
Dantas
Um mergulho.
Algo que tenho
vontade.
Sair desse lugar, para
longe dessa maldade.
Desfazer-me de tudo,
sons e pele.
Não quero estar, outro
lugar.
Universos paralelos ou
psicodélicos estar.
Assim me despedindo,
Em silêncio mudo,
lágrimas escuras
Um escudo de companhia
torta.
Companheira morta
De não calar.
Quero o absurdo da
liberdade
Asas abertas sem
vergonhas,
Cores sem manchas de
sangue,
Sem frases nocivas
Ou lâmpada
fluorescente em meio à calçada.
Quero ter o direito em
amar
Sem esconder o beijo
ou o desejo
Bom senso parece ser
utopia
De outro lugar,
Longe desse mangue.
Querem me ocultar.
Não pensem besteiras,
Não é importante, não
há rimas.
Não tem graça
Em fazer minha dor
Minha agonia, em sua
insistente piada
Em seu mau gosto de
política, expressão ou hipocrisia...
Esse sou eu,
Um eu lírico cansado
do rótulo,
Da determinação de gênero
ou sexualidade
Sou sujeito da vida,
Não da sua opinião desferida!
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