Outro ensaio sobre Amor'

Derluh Dantas

O amor é assim mesmo. Algo que mistura olhar e no visto sente carinhos próprios na alma. Acho que é aquele toque acidental de mãos e o arrepio que faz subir todos os pelos, sem frio, sem explicação. O amor faz a gente se entregar como uma presa fácil, descuidada, oferecida. Os olhos se cruzam e mesmo que haja todo tormento em volta, eles se conectam e custam a se desviarem. Faz aquela música mais bobinha se tornar um mantra encantado que inebria. E sem muito sentido, provoca lágrimas únicas, sorrisos estridentes mesmo sem som. O amor não respeita rótulos, planos, censuras ou polêmicas. Mesmo que proíbam, que façam sofrer, que separem... Ao amor tudo é menor que o desejo do beijo, do abraço, da companhia. E o beijo... Algo inocente, através dos lábios os sentidos se misturam, se fundem, tiram as duas almas pra dançar em corpos unidos. O sexo é transcendental, mesmo que seja algo rápido na escada do prédio, no banheiro da boate, no quarto ao lado... Mesmo que sejam três minutos, é como viver uma eternidade especial. Com esse sentimento presente o olhar demorado e o tocar leve de dermes, faz um sujeito comum e pequeno se tornar infinito, iluminado, ser de brilho. Ele faz os amantes parecem bobos aos olhos de quem não o sente. Todos podem saber do amor, mais o amor ainda é pra raros, pra poucos. É que nem todo mundo é capaz de ser um sábio supremo e parecer mais um tolo aos olhos dos outros. Alguns mal amados ficam por tentar determinar os amores cabíveis e proíbem o amor pela forma, intensidade, finanças, cor, idade, destinos. Mas... Sentimento é algo distinto, não cabe em protocolos estipulados ou dogmas religiosos, em preconceitos miúdos, aberrações de gente que não tem brio. Não cabe em contrato, não cabe em definição... As características são infinitas possibilidades de prazer, intensidade, configurações, beijos... Desculpa se para alguns não cabe, é impossível, mas o amor não se preocupa com isso. Amar tem a ver com entrega, encanto, superação. Caro ‘cidadão de bem’, se você não entende como existe amor ali, não é sua questão, não é importante sua opinião, segue teu caminho e deixa os outros serem vivos, emoções. Amar é assim, evolução!

Um comentário:

Márcia Sales disse...

Quanta intensidade! Lindo demais...

Santa Pesquisa: