ÁGUA seres AR

Derluh Dantas

Eu poderia começar por um clichê qualquer, mas tudo que tenho pra dizer já foi dito de alguma forma. Pois é, minha liberdade insana tem me feito assim meio aparente repetitivo. Eu sei que o país está em crise, a sociedade tem buscado movimentos mais intensos de mudanças. Eu reconheço as tantas críticas sociais e os tantos outros assuntos que me revoltam... Mas, eu tenho vivido sorrisos distintos, tenho querido você para mim. Tenho querido dançar, viver um tanto mais em seus braços. Gosto de te ouvir berrar no asfalto, de te ouvir cantar em tom alto. Eu poderia dizer um tanto quanto que gosto de você, seria um tanto mais de clichê. Ah! Preciso lembrar por sussurros em seu ouvido: “Gosto tanto de seus fofos defeitos, também!”. E não sei explicar o que sinto. Não, raro leitor, não é que não saiba definir, dizer como começou ou o porquê de ser assim... Eu simplesmente opto pelo poder legítimo de apenas sentir. Eu lembro que você falou de não poder jogar-se ao abismo, por machucar... Tens razão, no fim da queda pode haver o machucado ou a dor, mas eu quero voar um tanto mais com você. Sendo assim, me lanço nesse mundo novo que você tem ‘desvendado’ pra mim. E se for um amor inventado, irreal, como você mesmo me apresentou por Karina Zeviani, admito:

“Eu quero que você me queira
Antes que eu desinteresse
Antes que outro alguém comece
Antes que eu perca a ordem e grite que eu quero te ver
E antes
Que o nada se acabe
Que sobre tudo haja verdade
Nesse amor inventado, criado pra ser...”¹



¹ Amor inventado, composição de Karina Zeviani.

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