Eu estava sentado bem próximo ao mar, olhava o bailar das ondas. O
vento fazia melodias com a bainha branca que se formava do movimento sinuoso do
mar. Eu estava tranquilo e com o coração aquietado no peito, algumas vezes
havia vontade de lágrimas, mas elas estavam tão quietas quanto todo e qualquer
sorriso. Os amigos eram companhias agradáveis e leves, eles chegavam e partiam
com fácil acesso. Eu me encontrava raso e na superfície da minha vida, do meu
ser. Tudo parecia maduro, da vida cinza de um menino que deixou de ser. Pensei
que seria assim minha vida de adulto. Quando tudo parecia demasiado raso, eu
começo a ser contrastado na minha visão do quer seria amor, amar... Vieram os
vômitos, acho que foi a faxina da alma, o espírito crescendo dentro do corpo
ainda pequeno. Depois vieram as dores, talvez seja aquele aperto do conteúdo maior
que sua frágil embalagem. Quando tudo era desistir, um olhar surgiu na multidão
e sumiu com assustadora velocidade. Busquei, procurei, questionei... Mas, o
olhar estava em outra sintonia, foi ele que, de alguma forma ‘mágica’, me
reencontrou em uma multidão ainda maior. E desde então eu tenho sido esse
insistente querer e me perder, me reencontrando ainda como aquele menino
imaturo que deseja você só para mim. Admito sinceramente que não sei ao certo o
que é amar, o que é amor e se mereço o mesmo nessa forma torta e pequena que
sou!
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