Derluh Dantas
Não sei como começar a expor esse turbilhão de cores que surgem por
aqui. Não sei se é o melhor momento, nem mesmo sei que palavras usar. Talvez, a
Cristina soubesse definir melhor, usaria o vermelho de começo e depois tingiria
tudo em múltiplos sentidos, toques, sabores... Mas, não sou a Cristina. Então, não sei ao certo como aconteceu, mesmo
lembrando exatamente daquele olhar em meio à multidão. Chovia... O sol estava
atrasado, mas já amanhecia por esse lado do mundo. Escorreguei algumas vezes e
por outras fiquei em dúvida se aquele olhar seria mesmo para mim. Parecia um
ser encantado, saído de outros contos e com o poder único da invisibilidade –
como o autor que vos fala?! Acho que não... Aquele personagem sabia bem alterar
seu status, ele sabia como ser visível e invisível ao simples despertar de sua
vontade. Quando pisquei por um tempo um tanto mais longo, ao abrir os olhos,
sua imagem tinha sumido. Busquei aquele ser por entre multidões, nuvens,
sons... Nada! Resolvi perguntar aos personagens que pareciam acompanhá-lo, mas
ele havia sumido por entre portais, havia voltado ao local desconhecido, aos
outros contos. Depois de algumas buscas, sem muita explicação, um pequeno mago
de fofura incomparável e inconfundível, que muito conhecia meu passado, tinha
as respostas que eu procurei na madrugada anterior. E foi assim que tudo
começou... Entre conversas e pedidos de ‘o que eu devo saber sobre você’, o
sonso personagem de outro conto ocupou meus dias! E a continuação surgirá de
outras configurações de prosas, poesias e palavras...
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