Entre Erros In-diretas'


Derluh Dantas
Um minuto... Estou sem palavras para descrever meu momento ou me faltam palavras que valham a pena serem ditas. Eu sinto saudades do que passou, sinto, até mesmo, certa falta daquilo que se foi. Mas, não me peçam para retroceder. Aqui onde estou não está muito bom, mas eu não voltaria para o antes de agora. Gosto das lembranças do que foi bom, mas não voltaria a elas, seria pesado para mim e para meu baú de memórias. Certo ou errado, acredito que sim. Eu gosto de acordar no meio da noite e ter o que pensar, gosto dos meus sonhos e planos, até daqueles impossíveis que ainda não vivi. Eu queria poder dizer que está tudo bem, sem essa coceira no meio da alma alertando que isso é uma mentira. Não tenho coragem de me apaixonar de novo, ainda que por segundos idos eu fique com o desejo de ser surpreendido no meio do caminho. Eu tenho desejado com certa veemência dinheiro e independência, acho que deve ser faíscas da vida adulta em um sistema puramente capitalista. Ainda acredito ter certo frescor juvenil, aquela vontade de revolução e de liberdade, mas meu corpo dói, minha alma se encolhe e nem mesmo minhas lágrimas se inquietam. Estou quieto, parado... Não quero voltar ao passado e nem tenho forças para me lançar ao desconhecido futuro. Então, depois dessas tortas palavras, eu elaboro de forma preguiçosa meu desejo: “Parem o mundo! Eu quero descer!”

3 comentários:

Léo Bezerra disse...

adorei esse e outros! toca meu âmago, recordo de toda uma literatura que é pilar de mim e me nostalgia. e o mais delicioso está não apenas nesse sentimento de acolhimento ao lar de outrora, mas na surpresa de atravessar os corredores e chegar a cada cômodo de uma nova linha. continua a escrever que é realmente belo...

Versos Meus disse...

pena que escrever não tem nos dado muito dindin não é meu caro colega? Para n dizer nenhum.
seria mto bom... =p

Derluh Dantas disse...

Agradeço aos elogios e comentários... Acho que tenho precisado mesmo de dinheiro, mas carinho vale muito e nos faz algo que nem sempre o dinheiro por si só paga!

Belas brisas, belos desconhecidos/conhecidos leitores...

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