Derluh Dantas
Sou
albatroz,
Não
aceito migalhas,
Não
consigo muito bem me enturmar,
Mergulho
no azul do alto,
Alimento-me
do azul profundo.
Do
meu algoz sinto raiva,
Mistura
de pena e desvio
Cedo-lhe
perdão e maldição,
Não
sou do tipo que cabe às salvações.
Meu
pecado é ter asas,
Meu
temor é não saber pousar.
No
meu bico ecoa o grito,
Na
minha escolha, opto por um único amar.
Não
se faça rogo,
Minha
morte é prenúncio de mau-agouro
Minha
vida, sinal de sorte e majestade.
Se
quiseres desfazer minha existência em contraste,
Saiba
que em minha vida,
Eu
só me curvo diante da grandeza oceânica,
Da
divindade Mar!
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