Fotografia sobre amor de um amigo... e um olhar Minha edição sutil' |
Derluh Dantas
Vou dizer que te amo. Que me
apaixonei no primeiro momento que te vi e não soube como desviar o olhar,
disfarçar... Mas, fiquei tão nervoso que tentei escapar daquela ligação
estranha à primeira oportunidade. Escapei e quando já estava em outro andar,
outra rua, na estrada distinta, eu não conseguia tirar seu sorriso de minha
memória. Aquele sorriso tão lindo, que mesmo não sendo pra mim, veio em minha
direção. E seus olhos, que cor eles têm? Eu vi tantas cores neles, que não sei definir
ao certo qual seria o tom. À primeira vista, parecera castanho mel, na sequência
um verde borrado, outro momento, uma escala cinza. Isso não é mais segredo,
esse gostar um tanto mais de você, mesmo sem me ser permitido. Sou um tanto
criminoso por te querer tanto assim. Um psicótico bandido – você diria. Eu
vomitei com a ideia remota de que estaríamos no mesmo cômodo... Eu chorei no
banheiro, quando ouvi você dizer de seu novo amor. Mas, consegui sentir a
textura da sua pele com minhas mãos, meus lábios, minha alma... Infelizmente,
não pude sentir o gosto de sua derme, de sua admiração, daquele enredo de
paixão. Eu lembro-me de você falando do seu passado e o único pensamento que me
surgia era “como eu quero experimentar essa sensação”. Sei que não seria um bom
amante pra você, eu iria contemplá-lo como uma magia de outro mundo,
provavelmente, ficaria tão nervoso ou tão entregue que algo seria estragado por
isso. Eu me prometi que amor só me caberia se correspondido e declarado,
assumido. Mas, sempre que te vejo, ainda que numa distância saudável, eu o
quero compulsivamente, um tanto mais. Tudo bem! Vou ficar aqui no canto,
beberei mais uma dose de tequila e te contemplarei dançando, fingindo sua dança
ser pra mim, mesmo que você tenha um par envolvente, que não eu.
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