Apenas uma versão torta'

Derlour Dantas

Eu poderia apenas entregar meu corpo aquela cama, cerrar as pálpebras e me entregar ao sono profundo. Eu poderia deixar meu corpo inerte e libertar meus pensamentos, abolindo minha alma de todo pudor, consciência e regra. Eu poderia, mas não posso nem sei como fazer isso. Eu ainda espero que não haja um número limite para dizer e ouvir o quanto se ama. Eu quero que ao invés da briga virar rotina, que as pazes e as declarações se tornem constantes, enquanto as desavenças sejam raridades esquecidas. Eu queria que o “tanto faz” fosse aos outros e a mim fossem as mãos dadas. Tenho uma desavença comigo, não sei como agir ou me ajudar... Até os inimigos eles tem em comum e o que sobra a mim? Talvez as acusações de meu passado, de minha falta de tato ou apenas acusações de mim e nada mais. Eu gosto de ouvir a empolgação, gosto do olhar, gosto de absolutamente tudo que há nele, mas não sei como dividi-lo com o passado que ele parece não perceber, porém não me deixa caber.

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