Aquele (des)conhecido!

Derluh Dantas
Não, não existe esse jogo com tantas regras e limites estipulados. Não há uma cor específica, um jeito único, um cheiro próprio, algo que seja universal e incondicional. Acredito que quando o sentimento é sincero e legítimo, subverte essa lógica tão bem implantada de nosso sistema, quando é pra ser não há competição. Cabe o aceitar ou o fingir que não está ali. Mas, não é uma contracorrente de técnicas e trejeitos. Amar é saber encontrar aquilo que se deseja no espontâneo, no sutil, no explícito. Não há adjetivos para o amor, ele é por si só totalidade. Se é preciso inventar verdades, dissimular mentiras, criar outras histórias, julgo que não há amor. Eu acredito que o amor seja o encontro, encontrar com aquele “eu” que a gente tem medo de assumir. Amar, amar é saber que há defeitos grandiosos e umas tantas qualidades duvidosas ou ambíguas e mesmo assim se sentir inteiro e em sorriso. Há quem ache que há um livro que determine o amor válido ou inadequado, há quem acredite que existem pressupostos para ser ou não ser considerado amor. Porém, quem pode saber? Quem teria esse dom de conhecer cada cosmo, cada variação, cada possibilidade? Se houve esse alguém ou se há, quem poderia conseguir ler todas as suas anotações, considerações, exceções, detalhes? Quem poderia entender? Paremos por um segundo, olhe em volta, o que está fora do lugar? O que excede pela borda de nossa existência? Em minha sincera opinião, as pessoas inventaram tantas regras, teorias, tecnologias, significados, que se perderam da empatia, do respeito, do natural, do comum. Tanto faz se seu amor é de dois, três, mil... Que importa a cor do cabelo ou o tom de pele? Não deveria importa a fé ou religião, quanto mede o diâmetro de seu abdômen ou se há vírgulas ou não. O amor, ele é liberdade, ele é revolução. E se você discorda do que eu digo, isso é legítimo. O que eu sei sobre amar? Sei pouco, eu prefiro permitir a diversidade de sentidos, do que me esgotar em tentar encontrar limites.


Ah! O que eu disse?! Deixa pra lá...
Seja livre para sentir, para amar.

Fonte da imagem: http://nu.alem.art.br/
Projeto belíssimo.

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