Derluh Dantas
Quantas cores, odores, sabores.
Há formas supremas, sublimes, simples. Diversidade de sentidos. Pode começar
com um olhar. Pode começar com muitos segredos. Pode ser de dentro pra fora,
pode ser oposto, senso. De fora pra dentro. Pode ser mão única, mão inglesa,
mão francesa, de que cultura for. Pode ser imensidão brasileira, pode ser
intensidade africana... Pode ser gordura americana. Há bossa, jazz, samba. Há
funk, por que não? Celebridade, desconhecido. Há amor de todo começo, meio,
tipo. Não sei do fim. Mesmo com a morte, fica a lembrança. Mesmo com a
indiferença, fica a esperança. Há sentidos. Multiplicidade de tons, lendas,
mitos. Dizem romântico, brutal, insano. Tanto crime, disseram que por seu nome.
Quanta paz, surgida por seu encanto. Por vezes, calado, explícito no olhar. Por
outras, explícito na fala, escondido no estar. Há o livre, o cativo, o liberto.
Dizem que é escolha, mas não se pode evitar quando surge ou desenha. Dizem que
é espontâneo, mas há os que começaram com contratos no altar. Dependendo da
cultura, dependendo do olhar, dependendo da história. Sempre um infinito
oceânico, uma imensidão de mar, amar. Há uns que dizem ser errado, há os que chamam
ser insano. Há os louvados, os mistificados. Há os que são expressões de
manifestos, há os que são de cabresto aberto. Há os que machucam e muitos que
curam, cicatrizam. Não há idade certa de começo, nem tem cabível ao final. Uns
vivem frente a morte, outros surgem antes de ser vida. Pode ser cofre, diário,
vitrina. Uns atribuem ao divino, outros dizem ser profano. Fato é ser do mundo,
do sujeito puro ou imundo. Não distingue nobre, puta ou inglório. É incondicionalidade
na escolha, mas lhe atribuem muitas características para existência. Alguns
confundem com expectativas correspondidas, outros com frustrações inevitáveis.
Mas, é amor de toda forma, tipo. São histórias e magias. É sexo, prosa, poesia.
É tempo e estadia. É amor de múltipla forma. É arrepio e acalmar. Amor de
gente, de bicho... Toda imagem, carinho ou beijo de amor é legítimo em existir,
expressar. Amar.
Um comentário:
Esta forma poética de contar "fábulas cotidianas" é fantástica.
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