Derluh Dantas
Desculpa, realidade... Eu quero um amor que saiba pegar nas mãos. Eu
quero sorrisos altos, que as cabeças se encontram e há o aconchego bom nos
ombros. Eu quero o afago dos cabelos, o carinho na orelha, o calor dos olhos e
da pele. Eu quero sinestesia, quero sentidos, assim que o abraço seja realizado.
Eu quero dança desajeitada, mesmo que não haja nenhum som, nenhum ritmo. Eu
quero assim, realidade. Não me importa que os amores surjam daqueles
aplicativos virtuais, se as pessoas precisam se curtir, se interessar,
combinar. Eu quero mais, que seja simples. Eu quero encontro numa esquina
qualquer. Eu quero que nossos olhares se cruzem e que meio acidental fiquemos
tímidos, mas que o sorriso quebre o silêncio e seja recíproco sem nem
percebemos quem começou. Eu quero brilho. Não precisa ser belo, do tipo que
arrase quarteirão, mas precisa ser encantado, do tipo que faça palpitar
frenético meu coração. Eu quero assistir um filme bobo qualquer, e que os
cabelos sejam usados para fazer cachinhos, mesmo que eles não existam. Eu quero
afago na orelha e ouvir perto dela, a voz sussurrada, me chamando de besta. Eu
quero amor de verdade, daqueles que vivemos aos 16 anos, que é proibido,
encantador e que pode vencer qualquer barreira imposta pelo destino. Realidade,
eu sei que anda difícil, esse meu desejo, e agradeço pelas provas que me têm
apresentando. Cada encontro que termina no primeiro momento, tem me feito querer
ainda mais encantando. Estou me cansando, bem verdade, mas cada lágrima que dispenso
por um sentimento, paixão arrebatadora que se vai, mesmo no primeiro beijo, eu
desejo ainda mais o conto do meu divino salgueiro. Que pena confiar em quem se vai
levando o conto como piada boba, mas minha alma sabe das tentativas que
permito... Só há beijo, quando me faço encanto. Amo você, meu desejo querido!
Um comentário:
Gostei muito das suas palavras,,bem combinadas e um encanto esplêndido
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