Não eram mais ciranda, nem brincadeiras
de roda ou de criança. Eram a verdade que se figurava em um rosto, em uma palavra
limpa e sincera, lágrimas infantis de um adulto. Não precisa ter medo, ainda
que o medo seja incontrolável e inconstante, permita-se sentir raiva, dor,
desespero, mas não deixe que isso seja uma constância. Era o paraíso para fora
dali. Era um portal de outra dança, de outro lugar que a metafísica aplicada
não alcança, lança, descansa. Era tudo isso e mais um pouco para mim. Não era
para ser passado ou futuro, era o presente que se figurava dentro de mim.
Canção de roda, cantiga trovadora de um poeta sem modos ou fim. Talento de um
anjo torto, caído, sem dom, mistura larga de dom assim. Era pra ser um pouco
disso, um tanto daquilo outro, era pra ser sentido e sentir. Era tanta coisa
que no fim era nada, apenas mais uma ciranda, brincadeiras de roda e de
criança, faz de conta... Era tudo mais o fim!
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