Registros de uma indireta não feita'

Derluh Dantas

Uma vontade daquela companhia que a gente fala dos problemas, da vida abertamente, sem competição pra saber quem está numa situação pior... Só desabafo e companheirismo mesmo!


Depois da descarga de situações, relatos e emoções, a gente riria abertamente, se dando conta do total desespero do nosso encontro e momento, na sequência, respirar fundo, se entre olhar compreendendo que ainda vale a pena persistir de algum jeito.

Mas, a solidão tem me sido uma boa conselheira, em partes. A pessoa fala aquela "opinião" toda incrustada de intolerância e preconceito, eu ensaio uma resposta, um contra-argumento, um questionamento, enquanto vou tecendo as palavras, eu me dou conta de que já tivemos essa conversa, que já tentei esse diálogo, respiro fundo e percebo que não me cabe.

Eu sou cheio de falhas, medos, preconceitos e um tanto de equívocos, não me cabe levar clarão a quem quer que seja. Eu tenho uma chama acesa, como acredito que todos tenham e tenho preservado ela com todo meu amor e seiva, quando percebo que ela pode guiar alguém a saída das trevas, eu a utilizo... Quando acho que ela irá ofender aos olhos acostumados com o fundo da caverna, que não deseja iluminação, mas prefere a ignorância, eu deixo ela quieta.

Ah! E tenho recebido muitas iluminações alheias, agradeço muito por isso. Não dói compartilhar a luz, o que tenho aprendido é que não podemos impor a luz, a chama quando não bem educada e acolhida acaba, por queimar todos os envolvidos, na maioria das vezes desnecessariamente.

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