Sobre algumas películas'
Um Selo Ganho'
minhas asas mudaram'
Domingo e o mar'
prova disso'
Meu medo'

Derlour Dantas
As flores parecem ter perdido ou ganhado um brilho que nunca tiveram, ou eu nunca tinha percebido. São espinhos de incompreensão que me ferem o corpo e a alma, me sagram cicatrizes inexistentes aos olhos. As lágrimas não são mais salgadas nem doces, são sem sabor e teor. Não tem a beleza cintilante dos lagos. São novas magias que me envolvem, as dúvidas se transformaram em varinhas mágicas que perdi. Passei a ter medo da morte, da morte alheia, de faltar vida as pessoas que conheci. Tenho sorrisos sinceros do amor que encontrei e o medo de perder, como perdi tudo que tive. Medo de um dia acordar e perceberem que eu não caibo mais. Medo das novas flores e do silêncio. Assim tenho me escondido nos dias!
Sobre enterros'
[sem criatividade pra imagem]
Derlour Dantas
Falando de enterros. Por que não voltamos ao pó logo que a vida se vai? Fica aquele corpo inerte, ora despontando um sorriso ora o fim. Fica a sensação desagradável de quem fica ter que cuidar, lavar, arrumar e velar o corpo. A lágrima de quem ainda vive fica exposta, o sorriso não aparece nem entre nuvens, ou surge como uma penitência, um pecado. E surgem outras pessoas, que nada tinham a ver em vida nem morte com quem se foi e conversam, riem alto, atendem celulares e irritam quem sofre. Inclusive, nunca ouvi tanto toque distinto de celular, coisas de enterros no interior!